terça-feira, 13 de março de 2012

A homofobia no Brasil

  A concepção absurda de doença dada as práticas homossexuais , oficialmente sustentada desde 1948, foi revogada em 1993 pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo a declaração dessa organização, "a homossexualidade não constitui doença, nem disturbio e nem perversão". Apesar disso, atualmente gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transezuais continuam sofrendo violência por homofobia, principalmente no Brasil.
  Dados informam que em 2010 no Brasil, houve um aumento de 62 casos de assassinatos de homossexuais em relação ao ano anterior. É interessante notar que nunca se falou tanto sobre a diversidade sexual como nos últimos cinco anos, e foi entre esse período que os números de violência por homofobia cresceram. Devido à abertura do assunto, principalmente na mídia, o número de homossexuais assumidos cresceu, pois aparentemente o "assunto homossexualismo" estava finalmente sendo digerido pela sociedade. Porém, inerente a esse fato, o número de homofóbicos, também assumidos aumentou, o que explica os altos números de violência homofóbica nos últimos anos. O Brasil é campeão nesse tipo de violência. A chance de um homossexual ser assassinado no Brasil é 785% maior que nos EUA, país que excede a população brasileira em 100 milhões de habitantes. Por que essa diferença tão grande entre o Brasil e os EUA em relação a esses números? A rigidez na aplicação das leis pode ser uma resposta. Os EUA são aparentemente rígidos na aplicação de suas leis. Nos EUA, um criminoso capturado não ficará imune de punição, podendo até ser punido com pena de morte (dependendo do crime e do Estado onde é cometido). No Brasil, a justiça não evidencia seriedade. Todos já viram pelo menos uma vez nos noticiários, um caso de crime que não foi encerrado com a devida punição (políticos comprovadamente corruptos que continuam sem pagar a devida pena, por exemplo). Dessa forma a segurança no Brasil não é levada a sério, o que não intimida a ação de criminosos, muito pelo contrário.
  Além da necessidade de rigor na aplicação das leis, é preciso concientização da sociedade brasileira de que os homssexuais manifestam uma diversidade sexual, e não uma doença contagiosa ou um atestado de inferioridade. A liberdade de opinião é um direito, mas o respeito às opções e aos direitos do outro é um dever.